Novembro - Mês dedicado às almas do purgatório

NOVEMBRO

A piedade pelos mortos alimenta a misericórdia pelos vivos

Nestes dias tristes, a natureza do Outono acompanha-nos no cair das folhas, no anoitecer mais cedo, no choro das nuvens. O ciclo da natureza desperta-nos também para a realidade da morte. 

O ser humano é o único ser que sepulta os seus mortos. Há milhares de anos que a espécie humana procura dar dignidade aos defuntos, seja nos túmulos seja nas flores, alimentos e recordações que, junto dos jazigos, são colocados. 

Estes rituais ajudam a fazer o luto mas, ao mesmo tempo, são sinais de continuidade, permanência e comunhão. Mesmo numa sociedade desenvolvida, sentimos todos a necessidade de renovar a recordação dos que faleceram, a gratidão que lhes devemos, tendo um singelo gesto de cuidado e carinho para com eles, ainda que já não estejam fisicamente presentes.

O túmulo é sempre um memorial, sinal de alguém que viveu, amou, sofreu, trabalhou, se relacionou. Basta uma pequena flor ou uma simples oração para renovar a memória e a relação. E recorda também que a piedade pelos mortos alimenta a misericórdia pelos vivos.

Autor: Diácono Paulo Costa


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